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1.
CoDAS ; 36(2): e20220258, 2024. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1528450

RESUMO

RESUMO Sob ótica linguístico-discursiva de orientação francesa, foram investigadas marcas de subjetividade numa cadeia de enunciados tidos como ecolálicos, ancorados na estrutura linguística recorrente X quer Y?. No interior de uma sessão de fonoterapia, essa cadeia foi produzida por J., uma criança do sexo feminino, com 10 anos de idade à época da coleta dos dados, com diagnóstico fonoaudiológico de distúrbio de linguagem e diagnóstico médico de psicose precoce. Um conjunto de flutuações linguísticas indiciaram um deslizamento de posição subjetiva na cadeia analisada. Tais flutuações envolveram elementos sintáticos, lexicais, semânticos, morfológicos e prosódicos. Discursivamente, as flutuações deixaram rastros de um deslizamento de posição subjetiva, ou seja, de sujeito falado (cê quer Y?) para falante/desejante (eu quero Y.) na cadeia formada por esses enunciados. Desse modo, enunciados tidos como ecolálicos podem dar pistas do desejo do sujeito em sua relação com o O/outro, por meio de suas flutuações linguísticas e de seus deslizamentos discursivos. Portanto, embora não irrompam de forma convencional, tais enunciados podem mostrar possibilidades de mudanças de posição subjetiva. Por conseguinte, uma contribuição da investigação relatada à clínica de linguagem é a de que, no setting terapêutico, pode haver escuta para enunciados que, em primeira instância, poderiam ser tidos como colados/enraizados no dizer do outro. Na clínica de linguagem é possível, então, dar lugar a novos/outros sentidos a tais enunciados, de maneira a favorecer a constituição do sujeito da/na linguagem a partir de enunciados frequentemente interpretados como esvaziados de subjetividade.


ABSTRACT Within a linguistic-discursive framework, subject markers in a chain of utterances considered to be echolalia based on the recurring linguistic structure does X want Y? were investigated. This chain was produced during a speech therapy session by J., a female child, 10-years-old at the time of data collection, and with a speech-language pathology diagnosis of language disorder and a medical diagnosis of early psychosis. A set of linguistic fluctuations indicated a sliding of the subject position in the analyzed chain. Such fluctuations involved syntactic, lexical, semantic, morphological and prosodic elements. Discursively, the fluctuations left traces of a sliding of the subject position in the chain formed by these utterances, from a spoken subject (do you want Y?) to a speaking/desiring one (I want Y.). In this way, utterances considered echolalia can provide clues, via their linguistic fluctuations and discursive slippages, about the subject's desire in their relationship with the O/other. Given this, although they do not emerge in a conventional way, such utterances can demonstrate possibilities for changes in subject position. A contribution of the present research for clinical practice involving language in therapeutic settings therefore, was to highlight a listening to utterances, which could be seen as connected/grounded in the speech of the other. In clinical practice involving language, it is possible to create space for new/other senses for utterances, to allow the constitution of the subject of/in language, based on utterances often interpreted as being devoid of subjectivity.

2.
Codas ; 36(2): e20220258, 2023.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-38126590

RESUMO

Within a linguistic-discursive framework, subject markers in a chain of utterances considered to be echolalia based on the recurring linguistic structure does X want Y? were investigated. This chain was produced during a speech therapy session by J., a female child, 10-years-old at the time of data collection, and with a speech-language pathology diagnosis of language disorder and a medical diagnosis of early psychosis. A set of linguistic fluctuations indicated a sliding of the subject position in the analyzed chain. Such fluctuations involved syntactic, lexical, semantic, morphological and prosodic elements. Discursively, the fluctuations left traces of a sliding of the subject position in the chain formed by these utterances, from a spoken subject (do you want Y?) to a speaking/desiring one (I want Y.). In this way, utterances considered echolalia can provide clues, via their linguistic fluctuations and discursive slippages, about the subject's desire in their relationship with the O/other. Given this, although they do not emerge in a conventional way, such utterances can demonstrate possibilities for changes in subject position. A contribution of the present research for clinical practice involving language in therapeutic settings therefore, was to highlight a listening to utterances, which could be seen as connected/grounded in the speech of the other. In clinical practice involving language, it is possible to create space for new/other senses for utterances, to allow the constitution of the subject of/in language, based on utterances often interpreted as being devoid of subjectivity.


Sob ótica linguístico-discursiva de orientação francesa, foram investigadas marcas de subjetividade numa cadeia de enunciados tidos como ecolálicos, ancorados na estrutura linguística recorrente X quer Y?. No interior de uma sessão de fonoterapia, essa cadeia foi produzida por J., uma criança do sexo feminino, com 10 anos de idade à época da coleta dos dados, com diagnóstico fonoaudiológico de distúrbio de linguagem e diagnóstico médico de psicose precoce. Um conjunto de flutuações linguísticas indiciaram um deslizamento de posição subjetiva na cadeia analisada. Tais flutuações envolveram elementos sintáticos, lexicais, semânticos, morfológicos e prosódicos. Discursivamente, as flutuações deixaram rastros de um deslizamento de posição subjetiva, ou seja, de sujeito falado (cê quer Y?) para falante/desejante (eu quero Y.) na cadeia formada por esses enunciados. Desse modo, enunciados tidos como ecolálicos podem dar pistas do desejo do sujeito em sua relação com o O/outro, por meio de suas flutuações linguísticas e de seus deslizamentos discursivos. Portanto, embora não irrompam de forma convencional, tais enunciados podem mostrar possibilidades de mudanças de posição subjetiva. Por conseguinte, uma contribuição da investigação relatada à clínica de linguagem é a de que, no setting terapêutico, pode haver escuta para enunciados que, em primeira instância, poderiam ser tidos como colados/enraizados no dizer do outro. Na clínica de linguagem é possível, então, dar lugar a novos/outros sentidos a tais enunciados, de maneira a favorecer a constituição do sujeito da/na linguagem a partir de enunciados frequentemente interpretados como esvaziados de subjetividade.


Assuntos
Ecolalia , Transtornos da Linguagem , Criança , Humanos , Feminino , Ecolalia/diagnóstico , Idioma , Semântica , Fala
3.
Distúrb. comun ; 24(2): 185-197, ago. 2012. ilus, tab
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos | ID: psi-55514

RESUMO

Este estudo, desenvolvido sob prisma linguístico-discursivo, teve como objetivos: (1) descrever os momentos em que ocorreram hesitações em enunciados de uma criança psicótica com diagnóstico de Distúrbio de Linguagem; e (2) verificar em que medida esses momentos (também) podem indiciar aspectos de uma subjetividade que parece emergir nessa criança. Os dados foram extraídos da filmagem de uma sessão de terapia fonoaudiológica de uma criança do gênero feminino, com 10 anos de idade. Como resultados: em relação ao primeiro objetivo, de um total de 362 enunciados produzidos pela criança, apenas 74 (20%) apresentavam marcas hesitativas, enquanto 288 (80%) não apresentavam. Em relação ao segundo objetivo, os enunciados com marcas hesitativas ocorreram em situações de: desenvolvimento de tópico, especialmente sob forma de complementaridade; introdução de novo tópico; retorno a tópico anterior; recusa a tópico; incompletude enunciativa. O elevado percentual de enunciados sem marcas hesitativas (80%) explica-se por se tratar de enunciados altamente previsíveis pelo contexto, sobretudo em situações de pares adjacentes ritualizados, muitas vezes em situação de especularidade imediata. Já o percentual mais reduzido de enunciados com marcas hesitativas explica-se justamente pelo fato de que, diferentemente daqueles sem marcas, neles, detectam-se indícios de uma subjetividade que parece emergir e se fazer mostrar na produção discursiva. Com o desenvolvimento deste estudo, procurou-se ressaltar o olhar para as hesitações enquanto marcas de subjetividade ? ou seja, indícios de relações conflituosas do sujeito com os outros que constituem o dizer. Teve-se, também, a preocupação de trazer para o campo da Fonoaudiologia reflexões lingüístico-discursivas baseadas em dados extraídos de contextos sintomáticos da linguagem.(AU)


This study, performed under a linguistic-discoursive prism, aimed to: (1) describe the moments in which occurred hesitations in the utterances of a psychotic child diagnosed with Language Disorder; and (2) determine the extent to which these moments (also) can indicate aspects of a subjectivity trying to emerge in this child. Data were extracted from a speech therapy session with a ten year old female child. Concerning the first goal, from a total of 362 utterances produced by the child, only 74 (20%) had hesitation traces, while 288 (80%) did not. Concerning the second goal, the utterances with hesitation traces occurred in situations of: topic development, especially in the form of complementarity; introduction of new topic; return to the previous topic; refuses to the topic; enunciative incompleteness. The high percentage of utterances without hesitation traces (80%) is explained because they are highly predictable from the context, mostly in situations of ritualized adjacent pairs, oftentimes in situations of immediate specularity. The reduced percentage of utterances with hesitation traces are explained precisely by the fact that, unlike those without traces, in these ones, signs of a subjectivity that tries to emerge and show itself in the discourse production are detected. With the development of this study, we tried to emphasize the view at the hesitations as marks of subjectivity ? in other words, evidences of conflicting relationships between the subject and the others that constitute the utter. The concern was also about bringing to the of Speech Pathology discoursive linguistic reflections based on data extracted from symptomatic contexts of language. (AU)


Desde una perspectiva pragmático-discursiva, este estudio se propone: (1) describir los momentos en que ocurrieron hesitaciones en los enunciados de una niña psicótica con diagnóstico de trastornos del lenguaje y (2) comprobar en qué medida esos momentos (también) pueden considerarse indicios de aspectos de una subjetividad que comienza a manifestarse. Los datos provienen de una sesión de terapia de fonoaudiología de una niña de 10 años de edad. Como resultados: Respecto del primer propósito, de un total de 362 enunciados producidos, solo 74 (20%) presentaban marcas de hesitación, mientras 288 (80%) no presentaban. Respecto del segundo propósito, hubo enunciados con hesitaciones en situaciones de: desarrollo de un tema, especialmente en la forma de complementariedad; introducción de un tema nuevo; vuelta al tema anterior; rechazo del tema; incompletud enunciativa. El alto porcentaje de enunciados sin marcas de hesitación (80%) puede justificarse porque se trata de enunciados altamente previsibles por el contexto, sobre todo en situación de pares adyacentes ritualizados, muchas veces en situación de especularidad inmediata. Ya el porcentaje más reducido de enunciados con marcas de hesitación se explica justamente porque, a diferencia de los anteriores, en estos se detectan indicios de una subjetividad que parece emerger y manifestarse en la producción discursiva. Se pretende, a partir de este estudio, destacar el papel de la hesitación como marca de subjetividad, es decir, indicios de relaciones de conflicto del sujeto con los otros que constituyen el decir. Se aspira, asimismo, a incorporar al campo de la Fonoaudiología reflexiones lingüístico-discursivas que resultan del análisis de datos provenientes de contextos sintomáticos del lenguaje.(AU)


Assuntos
Humanos , Criança , Distúrbios da Fala , Linguagem Infantil , Linguística
4.
Distúrb. comun ; 24(2)ago. 2012. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-655172

RESUMO

Este estudo, desenvolvido sob prisma linguístico-discursivo, teve como objetivos: (1) descrever os momentos em que ocorreram hesitações em enunciados de uma criança psicótica com diagnóstico de Distúrbio de Linguagem; e (2) verificar em que medida esses momentos (também) podem indiciar aspectos de uma subjetividade que parece emergir nessa criança. Os dados foram extraídos da filmagem de uma sessão de terapia fonoaudiológica de uma criança do gênero feminino, com 10 anos de idade. Como resultados: em relação ao primeiro objetivo, de um total de 362 enunciados produzidos pela criança, apenas 74 (20%) apresentavam marcas hesitativas, enquanto 288 (80%) não apresentavam. Em relação ao segundo objetivo, os enunciados com marcas hesitativas ocorreram em situações de: desenvolvimento de tópico, especialmente sob forma de complementaridade; introdução de novo tópico; retorno a tópico anterior; recusa a tópico; incompletude enunciativa. O elevado percentual de enunciados sem marcas hesitativas (80%) explica-se por se tratar de enunciados altamente previsíveis pelo contexto, sobretudo em situações de pares adjacentes ritualizados, muitas vezes em situação de especularidade imediata. Já o percentual mais reduzido de enunciados com marcas hesitativas explica-se justamente pelo fato de que, diferentemente daqueles sem marcas, neles, detectam-se indícios de uma subjetividade que parece emergir e se fazer mostrar na produção discursiva. Com o desenvolvimento deste estudo, procurou-se ressaltar o olhar para as hesitações enquanto marcas de subjetividade ? ou seja, indícios de relações conflituosas do sujeito com os outros que constituem o dizer. Teve-se, também, a preocupação de trazer para o campo da Fonoaudiologia reflexões lingüístico-discursivas baseadas em dados extraídos de contextos sintomáticos da linguagem...


This study, performed under a linguistic-discoursive prism, aimed to: (1) describe the moments in which occurred hesitations in the utterances of a psychotic child diagnosed with Language Disorder; and (2) determine the extent to which these moments (also) can indicate aspects of a subjectivity trying to emerge in this child. Data were extracted from a speech therapy session with a ten year old female child. Concerning the first goal, from a total of 362 utterances produced by the child, only 74 (20%) had hesitation traces, while 288 (80%) did not. Concerning the second goal, the utterances with hesitation traces occurred in situations of: topic development, especially in the form of complementarity; introduction of new topic; return to the previous topic; refuses to the topic; enunciative incompleteness. The high percentage of utterances without hesitation traces (80%) is explained because they are highly predictable from the context, mostly in situations of ritualized adjacent pairs, oftentimes in situations of immediate specularity. The reduced percentage of utterances with hesitation traces are explained precisely by the fact that, unlike those without traces, in these ones, signs of a subjectivity that tries to emerge and show itself in the discourse production are detected. With the development of this study, we tried to emphasize the view at the hesitations as marks of subjectivity ? in other words, evidences of conflicting relationships between the subject and the others that constitute the utter. The concern was also about bringing to the of Speech Pathology discoursive linguistic reflections based on data extracted from symptomatic contexts of language...


Desde una perspectiva pragmático-discursiva, este estudio se propone: (1) describir los momentos en que ocurrieron hesitaciones en los enunciados de una niña psicótica con diagnóstico de trastornos del lenguaje y (2) comprobar en qué medida esos momentos (también) pueden considerarse indicios de aspectos de una subjetividad que comienza a manifestarse. Los datos provienen de una sesión de terapia de fonoaudiología de una niña de 10 años de edad. Como resultados: Respecto del primer propósito, de un total de 362 enunciados producidos, solo 74 (20%) presentaban marcas de hesitación, mientras 288 (80%) no presentaban. Respecto del segundo propósito, hubo enunciados con hesitaciones en situaciones de: desarrollo de un tema, especialmente en la forma de complementariedad; introducción de un tema nuevo; vuelta al tema anterior; rechazo del tema; incompletud enunciativa. El alto porcentaje de enunciados sin marcas de hesitación (80%) puede justificarse porque se trata de enunciados altamente previsibles por el contexto, sobre todo en situación de pares adyacentes ritualizados, muchas veces en situación de especularidad inmediata. Ya el porcentaje más reducido de enunciados con marcas de hesitación se explica justamente porque, a diferencia de los anteriores, en estos se detectan indicios de una subjetividad que parece emerger y manifestarse en la producción discursiva. Se pretende, a partir de este estudio, destacar el papel de la hesitación como marca de subjetividad, es decir, indicios de relaciones de conflicto del sujeto con los otros que constituyen el decir. Se aspira, asimismo, a incorporar al campo de la Fonoaudiología reflexiones lingüístico-discursivas que resultan del análisis de datos provenientes de contextos sintomáticos del lenguaje...


Assuntos
Humanos , Criança , Linguagem Infantil , Linguística , Distúrbios da Fala
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